domingo, 1 de julho de 2007

CONSUMIDOR ESTÁ MAIS ENDIVIDADO

Após um recuo de dois pontos percentuais em maio, o índice de endividamento dos paulistanos voltou a subir neste mês, para 62%. Com relação a junho de 2006, quando esteve em 57%, houve alta de cinco pontos. As informações constam da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Federação do Comércio do Estado (Fecomercio), divulgada ontem. De acordo com a entidade, a expansão de novos empréstimos e aquisição de crédito para quitar dívidas em atraso estão entre as possíveis causas para a elevação verificada.

O estudo aponta ainda uma discreta melhora no número de inadimplentes (endividados com contas em atraso), com queda de dois pontos percentuais, passando de 43% em maio para 41% em junho. No comparativo anual, foi registrada alta de 2 pontos.

A pesquisa traz novas informações a partir deste mês, entre elas o tempo de atraso das dívidas, o motivo, o tipo de dívida e o tipo de despesa. Segundo o levantamento, para 35% dos consumidores o atraso é de até 30 dias, enquanto para 26% o atraso é de 30 a 60 dias. Para 15% dos casos o tempo é de 60 a 90 dias e outros 24% dos entrevistados afirmaram que o atraso é superior a 90 dias.

Entre os motivos apontados pelos consumidores para o atraso das dívidas, a falta de controle financeiro e desemprego lideram empatados com 31% cada. Quando a questão era sobre o tipo de dívida mais freqüente, o cartão de crédito foi apontado como o grande vilão para 43% dos consumidores. Os carnês aparecem em seguida com 21%.

Com relação a qual o tipo de despesa que mais afetou as dívidas atuais, 17% dos consumidores paulistanos atribuíram os gastos com alimentação. Já vestuário (16%) e veículos (12%) foram outras despesas que comprometeram o orçamento do consumidor. O estudo da Fecomercio informa ainda que 71% dos pesquisados declararam a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso. A intenção de pagamento aumenta de acordo com o nível de renda. Enquanto entre os consumidores com rendimentos de até três salários mínimos a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas é de 64%, entre os consumidores com rendimentos superiores a dez salários mínimos esse percentual é de 74%.