quarta-feira, 14 de novembro de 2007

LULA GARANTE ENERGIA PARA ABASTECER O PAÍS

Presidente negou existência de crise de tecimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou ontem a existência de uma crise energética no País. De acordo com Lula, há energia suficiente para abastecer o Brasil até 2012. O presidente minimizou a falta de gás natural no Rio de Janeiro e em São Paulo e garantiu que, se for preciso, haverá outras descobertas de reservas.

"Este país está sólido, e é preciso vocês (empresários) acreditarem que não vai ter crise energética, que as indústrias podem crescer. O que não falta, na verdade, é gente para botar defeito", afirmou o presidente, na abertura do 5o Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), no Palácio do Planalto.

O presidente minimizou a decisão da Petrobras de reduzir o fornecimento de gás para distribuidoras do Rio de Janeiro. "Aconteceu um probleminha de gás no Rio de Janeiro, acabou a energia do mundo. Não acabou. Este País tem energia garantida até 2012", disse ele. "Vamos descobrir o gás que precisamos descobrir ou vamos comprar o gás que precisar comprar", complementou, lembrando que no próximo mês ocorrerá leilão das usinas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia.

No fim de outubro, a Petrobras limitou a entrega de gás natural nos estados do Rio e de São Paulo. A estatal alegou que, há mais de um ano, as empresas retiravam combustível além do previsto nos contratos e que a redução da entrega era necessária para atender aos demais contratos e garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural, conforme termo de compromisso assinado pela estatal com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em maio deste ano.

SETORES DE MANDEIRA E CALÇADOS PUXAM ECONOMIA

O nível de emprego na indústria paulista apurado pela Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) teve alta de 0,42% em outubro em relação a setembro, o que significa a criação de 9 mil postos de trabalho.

Com o resultado de outubro, o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini, revisou a estimativa de alta do emprego industrial paulista de 4% para 4,7%, o que corresponderá à criação de mais de 100 mil postos de trabalho em 2007. "O ano tem nos surpreendido positivamente e se confirma melhor do que o previsto", disse.

No acumulado do ano até outubro, a indústria paulista criou 184 mil postos de trabalho, uma variação de 8,88% sobre o total fechado de dezembro de 2006. No entanto, os meses de novembro e dezembro devem registrar um número mais forte de demissões por conta de duas razões. A primeira é a dispensa forte nas usinas de açúcar e álcool nesse período. E a outra razão é a já tradicional queda no emprego industrial provocada pela diminuição também sazonal da produção nesse período.

Em outubro, pela primeira vez no ano, as usinas de açúcar e álcool registraram queda no nível de emprego (-0,06%), o que correspondeu a 1,3 mil demissões. Porém, de janeiro a outubro, o setor ainda tem um saldo positivo de 99.360 postos de trabalho. Esse total deve sofrer forte redução em novembro e dezembro.

A pesquisa mensal de emprego industrial mostra ainda uma forte recuperação do emprego no setor de madeira, com alta 2,38% em outubro ante setembro; couros e calçados (1,44%) e celulose e papel (1,14%). No ano até outubro, o setor de coque, refino, combustíveis nucleares e álcool responde por 34,35% do emprego, ante o total de dezembro de 2006. Já produtos alimentícios e bebidas, segmento em que o açúcar sozinho tem peso de 20%, têm 28,66% do emprego criado no ano.