sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

BOVESPA DESPENCA MAIS 3,32%

Ontem, corte de juros nos EUA foi visto como um sinal de economia americana está frágil

A tensão voltou ontem a dominar os investidores no mundo, e os mercados registraram grande volatilidade. Com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não foi diferente. O índice Ibovespa despencou 3,32% no fim do pregão, mas chegou a atingir perdas de 5%. Os títulos da Vale caíram 6,10%. Os da Petrobras, 1,71%. No ano, o Ibovespa acumula desvalorização de 15,11%. Na terça-feira, havia subido 4,45%. A explicação?


Uma releitura dos acontecimentos do dia anterior. O corte de juros americanos, o maior dos últimos 20 anos, foi interpretado como um sinal de que a economia americana está fragilizada e que isso requereria uma ação mais forte.

Virada em NY
As Bolsas americanas viraram no final da tarde. O Dow Jones subiu 1,50%; o Nasdaq, 2,50%. Especulação sobre um novo corte de juros, além do relatório que reforça a recomendação de compra para os títulos dos bancos, os mais penalizados pela crise, justificam a recuperação.

Sem surpresa, BC mantém juros em 11,25%
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve ontem a Selic em 11,25% ao ano, tal como era esperado pelos analistas.

Alguns observadores, porém, não descartavam a possibilidade do BC elevar os juros para impedir que uma valorização no dólar – com temor de uma crise nos EUA– leve a uma alta da inflação.

Na nota da reunião, o Copom afirma que estará atenta ao comportamento dos preços do país até a próxima reunião. O custo da alimentação subiu dois dígitos em 2007, quase comprometendo as metas de inflação do BC.