Índice caiu 6,6%; Lula diz que governo está tranqüilo
O medo dos efeitos de uma recessão nos Estados Unidos causou pânico nos mercados financeiros de todo o mundo, ontem, atingindo fortemente a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que despencou 6,6%, aos 53.709 pontos. Foi a maior queda desde 27 de fevereiro de 2007, dia em que a perda de 6,63% refletiu a reação dos mercados mundiais frente às perdas na Bolsa chinesa.
Neste ano, as perdas no Brasil chegam a 15,93%. Nas contas da empresa de informações financeiras Economática, o valor somado das companhias com ações na Bovespa caiu R$ 344,9 bilhões.
E, a maioria das bolsas, principalmente da Europa, atingiram perdas semelhantes às verificadas no 11 de setembro de 2001, quando houve o ataque terrorista contra os EUA. A perda das ações européias chegou a US$ 300 bilhões.
Nos EUA, os mercados de ações não operam, devido ao feriado de Martin Luther King. Quando as Bolsas dos EUA não abrem, a tendência é de que as de outros países tenham pouco movimento. Ontem, excepcionalmente, a quantia das transações foi muito elevada, refletindo o sinal de grande nervosismo.
O dólar também repercutiu a turbulência nos mercados internacionais diante do real e fechou em alta de 2,46%, a maior valorização diária desde 28 de agosto do ano passado. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 1,8300 para a venda. É o maior nível de fechamento desde 27 de novembro. Em janeiro, o dólar acumula alta de 2,98%. O pessimismo ontem começou com as Bolsas asiáticas, que contaminaram as européias e os (índices) futuros dos Estados Unidos.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo está tranqüilo diante do temor de uma recessão nos EUA, mas informou que acompanha atentamente a situação no mercado internacional. "Estou tranqüilo. Obviamente temos de estar com os dois olhos muito abertos para saber o que vai acontecer com a economia americana e, conseqüentemente, na economia mundial."
Acompanhado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Lula disse ainda que já discutiu a questão e faria uma nova avaliação. "Não acredito em conseqüências graves porque, primeiro, os investimentos já foram definidos em 2007, segundo, o dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já foi empenhado, as grandes obras já foram contratadas, estou convencido de que vamos continuar no caminho certo (do crescimento)", acrescentou.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
CRESCE NÚMERO DE ENDIVIDADOS
Descontrole financeiro tem maior peso
O paulistano iniciou 2008 com mais dívidas. É o que apurou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Federação do Comércio do Estado (Fecomercio). O índice de endividamento subiu para 53%, representando um aumento de cinco pontos percentuais na comparação com dezembro do ano passado. Já em relação ao registrado em janeiro de 2007 (58%), houve queda de cinco pontos.
Quanto ao nível de inadimplência (consumidores com contas em atraso), foi apurada baixa de cinco pontos em janeiro na comparação com o mês anterior, para 33%. A Peic é apurada mensalmente pela Fecomercio junto a cerca de 1.360 consumidores no município.
Para a instituição, a elevação no nível de endividamento em janeiro é reflexo das compras de dezembro, da facilidade de crédito e dos pagamentos de começo de ano, como Imposto sobre a Propriedade de Veículos (IPVA), material escolar e matrículas.
De acordo com a pesquisa, há mais paulistanos (57%) com dívidas na faixa de rendimentos até três salários mínimos (ou R$ 1.140,00). Entre os consumidores que ganham de três a dez salários (até R$ 3,8 mil), a percentagem de endividados é de 56%, enquanto que para os que ganham acima de dez salários mínimos, o índice é de 48%. Quanto aos motivos para a inadimplência, a falta de controle financeiro foi apontado por 33% dos consumidores, seguido pelo desemprego (22%).
O paulistano iniciou 2008 com mais dívidas. É o que apurou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Federação do Comércio do Estado (Fecomercio). O índice de endividamento subiu para 53%, representando um aumento de cinco pontos percentuais na comparação com dezembro do ano passado. Já em relação ao registrado em janeiro de 2007 (58%), houve queda de cinco pontos.
Quanto ao nível de inadimplência (consumidores com contas em atraso), foi apurada baixa de cinco pontos em janeiro na comparação com o mês anterior, para 33%. A Peic é apurada mensalmente pela Fecomercio junto a cerca de 1.360 consumidores no município.
Para a instituição, a elevação no nível de endividamento em janeiro é reflexo das compras de dezembro, da facilidade de crédito e dos pagamentos de começo de ano, como Imposto sobre a Propriedade de Veículos (IPVA), material escolar e matrículas.
De acordo com a pesquisa, há mais paulistanos (57%) com dívidas na faixa de rendimentos até três salários mínimos (ou R$ 1.140,00). Entre os consumidores que ganham de três a dez salários (até R$ 3,8 mil), a percentagem de endividados é de 56%, enquanto que para os que ganham acima de dez salários mínimos, o índice é de 48%. Quanto aos motivos para a inadimplência, a falta de controle financeiro foi apontado por 33% dos consumidores, seguido pelo desemprego (22%).
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