segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MEIO AMBIENTE É UMA QUESTÃO DE SAÚDE

A civilização moderna produziu transformações diversas nos ambiente. As três maiores perdas sofridas pela população humana nos últimos séculos foram o convívio com a natureza, com a família e com a comunidade. Por tanto, acadêmicos e especialistas de todo o mundo estão participando de Fóruns que tratem do assunto Aquecimento Global. E, um dos assuntos que está sendo debatido atualmente vem em forma de alerta "as populações mais pobres do planeta são sempre as mais vulneráveis diante das ameaças que representam os efeitos da mudança climática na saúde." Hoje em dia, pode se dizer que entre 20 a 25 enfermidades infecciosas que podem ter uma alta relação com o clima, como malária, meningite meningocócica, dengue e influenza. E, os lares pobres são especialmente vulneráveis à mudança climática porque sua baixa renda lhes dá escasso ou nenhum acesso a serviços de saúde ou outros mecanismos mínimos de segurança social que os proteja contra as ameaças decorrentes das condições voláteis", afirma a Organização das Nações Unidas.

Os cientistas especializados em clima concordam que o aquecimento do planeta
se deve aos gases de efeito estufa lançados na atmosfera em consequência das atividades de populações humanas cada vez mais opulentas, particularmente nas nações industrializadas. O meio ambiente alterado é uma das principais causas das enfermidades. A nossa saúde pode ser afetada pela alimentação industrializada, pelo estresse, poluição, vida sedentária, etc. causando a maioria das doenças e alterações genéticas. São agentes que agridem, modificam, intoxicam, interferem, desmineralizam, degeneram, etc. Terminando por favorecer ou induzir as condições anormais que levam ao surgimento de enfermidades. Ingerimos uma enorme quantidade de toxinas e de produtos nocivos para a saúde como gorduras saturadas, agrotóxicos, metais pesados, aditivos alimentares sintéticos, alimentos irradiados e transgênicos, que podem interferir no metabolismo.

O enfraquecimento biológico e energético é favorecido pela nossa vida artificial e hábitos insalubres. Os maus hábitos alimentares causam muitas doenças e que são tratadas ou com paliativos ou de forma equivocada por serem de causa desconhecida. É enganoso acreditar que, para perder peso mais rapidamente, se pode aumentar o ritmo da atividade física. Isso apenas sobrecarrega o coração e não emagrece como desejado porque as pessoas cansam rapidamente e não conseguem terminar o exercício; além de que o corpo necessita de energia imediata (dos carboidratos) para queimar. O calor pode levar ao aumento da temperatura do corpo e da freqüência cardíaca, além de provocar pressão baixa. Atenção aos sinais de desidratação: tontura, vertigem, formigamento e cansaço excessivo. Prefira a água a outros líquidos para reidratar. Praticar exercícios físicos exige cuidado preparatório. Conheça as suas próprias limitações.

Dê preferência aos tecidos finos e claros, use boné ou chapéu e evite sapatos apertados. Mesmo os atletas profissionais que se dedicam a um treinamento "avançado", excedendo os seus limites físicos, tomando "vitaminas" e "nutrientes", mais tarde pagam um preço muito alto por esses excessos. Sabemos que muitos atletas e ex-atletas têm problemas cardíacos, em função de excessos, pois não se pode ir contra a natureza impunemente.

Conclama-se todas as instituições e organizações governamentais e não governamentais e todos os cidadãos do mundo, a unirem seus ideais, vontades e recursos humanos, materiais e financeiros, numa irresistível mobilização mundial para a eliminação da "poluição mental", mediante a adoção de um modelo econômico capitalista humanístico, uma proposta de um capitalismo social , que assegure a prática do direito universal à Verdade e da justiça social, viabilizando a edificação da civilização da verdade, da justiça e do amor, já neste alvorecer doSéculo XXI e do Terceiro Milênio.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

GOVERNO INVESTE EM TRANSPORTE NA CIDADE DE SÃO PAULO

O governo do Estado de São Paulo, está fazendo investimento na casa de 20 milhões nos Trêns e corredores de ônibus na capital paulista, com o objetivo de facilitar e melhorar a qualidade de vida de quase 2 milhões de usuários diários. Este mega-projeto chama-se Expansão São Paulo. É um plano ambisioso para uma cidade que apresenta problemas em vias de ônibus e linhas da CPTM. O projeto do governo estadual pretende, entre outras coisas, transformar as linhas dos trens em qualidade de metrô. Porém, o que se ver é uma contemplação privilegiada da Zona Sul em detrimento de outras. Por exemplo, a zona Oeste (noroeste).

Pelo visto, a solução para o imenso tráfico engarrafado passará sem dúvida pelos trilhos. As avenidas e marginais não suportam mais veículos motorizados. Quem depende do automóvel para se locomover pode relatar experiências desagradáveis sem muita dificuldade. A modernidade trouxe "carrões" com muito conforto, porém, não pensaram que num futuro próximo faltaria espaço para colocá-los rodando nas grandes cidades.

Então, pode se concluir, que o projeto Expansão São Paulo se transformou numa indulgência da modernidade. O desafio que os governos terão daqui para frente é enfrentar, além de segurança, saúde, educação, e sem dúvida, a questão dos transportes. Torna-se necessário a integração de todo sistema, criando pontos que permitam os usuários se locomoverem com rapidez e preço baixo para qualquer ponto dentro da cidade. Sem dúvida, trata-se do maior plano de expansão e integração na história dos transportes metropolitanos. É o maior investimento já feito no setor. Todos os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), vão passar a ter qualidade de metrô, e isso é uma ótima notícia para os usuários que terão mais conforto em suas viagens.

No entanto, toda essa melhoria dá indícios de que será exclusiva apenas para algumas pessoas. O trem da zona sul é muito melhor que de outras regiões. Desde o início do Plano de Expansão, três novas estações e 12 novos trens chegaram à linha 9 (Esmeralda) – aumentando em 8,5 km a extensão – enquanto em outras linhas nada de trem novo. 40 novos trens irão para as linhas 7 (Rubi) e 12 (Safira); outros oito irão para a linha 9; enquanto isso, nenhum trem novo chegará à linha Turquesa.


Porém, a subprefeita da Lapa, Soninha Francine (PPS), discorda desse ponto de vista. “Apesar da visão que as pessoas têm de que a linha 9 é elitista porque ela passa ali do lado da Berrini, porque as estações são mais bonitas e os trens novos estão lá, a linha sul atende o povão do fundão da zona sul”, diz a subprefeita. “E tem mesmo de fazer investimentos ali porque a demanda ali é monstruosa, é trem lotado o dia inteiro”, conclui Soninha.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A INCONVENIÊNCIA DOS GUARDAS DA CPTM

Nas últimas semanas temos assistido pela mídia muitas e variadas reclamações dos guardas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Este é um tema polêmico, porque muitas pessoas defendem suas presenças nas estações e nos trêns.

Ao conversar com os usuários, não será difícil encontrar relatos que testificam o abuso de autoridade do qual alguns fazem questão de usar. Vá de truculência a desreipeito.

Claro, que não é preciso generalizar, existem àqueles que prezam pela boa educação e procuram orientar os usuários. Porém, esse tipo de profissional está cada dia mais raro. Se o objetivo é zelar pela segurança, já passou da hora do governo do Estado de São Paulo oferecer cursos de qualidade que preparem esses profissionais. Pelo visto, é o que parece não estar acontecendo.

João Soares, 23, relata que "estava encostado na parede da Estação da Barra Funda, quando chegou um guarda "marrozinho" e, além de falar grosseiramente enfiou o dedo em suas costelas pedindo para tirar o pé dali que ele não estava em sua casa".

A aluna Maria Izidora, 18, estava tirando fotos históricas na Estação da Luz quando chegou um desses guardas armado, e dirigiu-se a mim de forma grosseira dizendo que não podia tirar fotos dali. E,o pior é que ele queria pegar minha máquina fotográfica, a todo custo ,para ver se tinha tirado fotos. Achei uma atitude inaceitável".

"Estava sentado no assoalho do trêm que vai sentido Itapevi, quando veio correndo em minha direção um guarda de uniforme azul e apitou tão alto que chamou atenção de todos que estavam no vagão. E dizia que eu era muito folgada, e estava tomando espaço de outros usuários, conta, e pegando minha mochila me fez levantar a toque de apito".

Concorda-se que em todas essas situações os usuários tiveram postura errada. Contudo, ao pretender ter um trêm de qualidade e conforto, o governo deve dar o exemplo de educação, orientação, bom trato e cordialidade. Afinal, os usuários estão pagando por esse serviço, e são trabalhadores que vão para o trabalho, ou retornam para suas casas.

Um dos caminhos para solucionar essas questões, segundo a professora Rozana Aurrichio, é a reeducação dos usuários por meio de campanhas educativas nas próprias estações, nas escolas e na mídia". Conclui.

A CPTM, precisa divulgar melhora suas regras. Explicar o que é permitido, dizer seus limites, e conscientizar as pessoas por meio de informações. Explica o especialista em educação Ivan Fortunato.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A FEBRE DOS CLIQUES DIGITAIS

Guardar os momentos especiais em fotografias é algo prazeroso e que se tornou uma tradição para muitas pessoas. A ansiedade por esperar o filme ser revelado e enfim conferir todos os detalhes pode ser considerado coisa do passado. A tecnologia evoluiu, e para gravar ocasiões especiais em fotos, não é necessário mais ter o trabalho com filmes e revelações, além do manuseio com os trambolhos do passado. As câmeras digitais vieram para revolucionar o mundo das imagens.
Em muito pouco tempo, essa novidade se tornou febre no Brasil e ainda não sabemos onde isto pode chegar. As primeiras câmeras digitais eram muito diferentes das que conhecemos hoje em dia. Bem maiores do que encontramos atualmente e menos versáteis, elas evoluíram, assim como as tecnologias que cercam o mundo. As câmeras digitais possuem alguns cúmplices, que foram ajudando no seu desenvolvimento.

Mundo dos Megapixels
Ter um computador não é obrigatoriedade para aquelas pessoas que querem ou se interessam por uma câmera digital. Atualmente, as grandes redes de supermercados possuem dentro de suas lojas, lugares que fazem a revelação, tanto de película (filme fotográfico) quanto de fotos digitais.
As fotos digitais ainda podem ser reveladas com o cartão de memória da própria máquina, descarregando todo o conteúdo imediatamente, sem a necessidade de um computador. Se revelar as fotografias é fácil, tirá-las é mais ainda!
Para aqueles que possuem um computador, os álbuns de fotografias podem virar coisas do passado. Tudo porque os CDs graváveis servem como um álbum que comporta muitas fotos. Além de ser possível conferir as imagens com muitas pessoas ao mesmo tempo. Simples, se você tiver um DVD e ele for compatível com o arquivo dos retratos, o álbum poderá ser admirado na televisão da sala.

Diferenciais com praticidade
Quem não ficou curioso por ter tirado uma foto e não ter como vê-la no momento? E se depois dessa foto ter sido revelada, ela não ficou boa? As máquinas analógicas podem pregar essas peças. Já com as digitais, as unhas poderão ser poupadas pela ansiedade. Os pequenos monitores são o grande atrativo dessas câmeras. Através deles é possível selecionar as melhores fotografias, logo após o clique.
Além da praticidade de escolher as melhores fotos, a curiosidade também é saciada instantaneamente com essas telas. Todos podem se reunir em volta da própria máquina e conferir como a fotografia ficou. Agora fazer piadinhas nas fotos e colocar chifrinhos nos amigos sem eles perceberem, terá uma duração menor, pois elas podem ser apagadas.
Um dos diferenciais das máquinas está exatamente no tamanho das telinhas. Geralmente são encontradas câmeras com telas de três polegadas, mas também existem as com cinco polegadas, que são maiores e dão uma maior noção dos detalhes das imagens. Um monitor maior é perfeito para aqueles que já tem uma experiência com fotografias e querem tirar fotos minuciosas e mais bonitas.

A qualidade dos cliques
É possível saber a qualidade das fotos antes mesmo de tirá-las; basta saber qual máquina está sendo usada. A qualidade dela é determinada principalmente pela quantidade de megapixels que câmera possui. Mas o que são os megapixels? Os megapixels estão ligados à resolução da imagem. Cada pixel armazena um ponto da imagem que está sendo fotografada; os megapixels contêm centenas de pixels. Quanto maior for o número de megapixels da imagem fotografada, melhor será a qualidade e também a impressão da foto.
Como você pode perceber, ter uma foto com uma boa qualidade não depende apenas do fotógrafo, mas também do equipamento. Por exemplo: uma câmera digital com a resolução de 1.2 megapixel gera fotos que podem ser impressas com o tamanho de 5,42 por 4,06 centímetros – quase uma foto 3x4. Isso ocorre justamente pela foto ter uma baixa resolução. Para se obter uma fotografia com o tamanho normal (que conhecemos) – 17,34 por 13 centímetros – é preciso ter uma câmera com a resolução de 3.2 megapixels.
Confira no quadro de “dicas” algumas noções de fotografia, e que pode ajudar a melhorar as fotos tiradas.

O mercado cresce
Este mercado está em franca ascensão e ainda não vemos onde ele pode parar. Tirar fotos virou mais que uma tradição, e sim, uma diversão em qualquer momento. Por isso, o supervisor geral das Lojas Cem, Valdemir Coleoni, se diz otimista no mercado de câmeras digitais, sobretudo na área de tecnologia: “O mundo todo mostrou um grande fascínio pelas câmeras; esse é um artigo de alta tecnologia”, exclamou o supervisor, que ainda falou sobre a importância da variedade existente no mercado.
“Nós vendemos cerca de 1.200 itens no geral em nossas lojas. Só as câmeras estão entre 20 e 30 itens pela variedade”, explicou Valdemir. Nas lojas, é possível encontrar câmeras de R$ 300 até mais de R$ 2.000, que são câmeras semi e profissionais. Valdemir Coleoni lembra que as mais vendidas estão na faixa dos R$ 400a R$ 500. O supervisor que comparou as câmeras analógicas aos videocassetes e as câmeras digitais aos Dvds, ainda lembrou a grande facilidade de comprar, atualmente. “Com os valores sendo financiados em 20 vezes e com cartões de crédito, é muito fácil adquirir uma máquina digital. Quase tão fácil quanto tirar fotos com ela”.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A INTERNET APROXIMA AS PESSOAS

Recorrer à tecnologia para encontrar relacionamento sério ou por mero prazer casual já é uma realidade na sociedade pós-moderna.

Recurso virtual
Foi se o tempo que para conhecer pessoas e matar saudades usava-se, apenas, o envio de cartas, telefonemas ou deslocamento de automóvel. Com o surgimento do microcomputador e o avanço dos recursos de informática os indivíduos estão se comunicando mais e por um custo menor. O estudante, João Guilherme, 19 anos, diz: “no domingo fico na Internet quase o dia inteiro, porque a gente paga apenas um pulso de telefone. Faço trabalhos escolares, teclo com minha namorada e amigos”.

Coisa do passado
Ficar triste e carente não é coisa dessa geração. As pessoas estão se conhecendo e mantendo relacionamentos por intermédio de computadores. Curioso, diferente, estranho? Para alguns sim. Mas, a verdade é que está na moda marcar um encontro ocasional ou uma relação mais profunda com a ajuda do recurso virtual. É isso mesmo, a tecnologia está ajudando no encontro de casais tanto local quanto global. Marcela Pinheiro, 27 anos, confessa: “no começo não acredita que era possível encontrar um grande amor pela Internet. Hoje estou noiva com um rapaz que mora noutra cidade, graças ao bate-papo no computador”.

Cadastro
Os sites especializados em relacionamento, paquera, namoro e casamento cobram uma taxa mensal por esse serviço. O candidato faz o cadastro e informa as características do pretendente. O site encarrega de pesquisar em seu banco de dados alguém com o perfil solicitado e, encaminha para o e-mail a mensagem que foi encontrado uma pessoa com as qualidades solicitadas. Aí, é só entrar em contato com seu pretende virtual e marcar aquele encontro. Também, existe o bate-papo em sites gratuitos que são bastante freqüentados.

Aldeia global
Não é de se estranhar que a Internet tem sido uma alternativa favorável à comunicação. E, sem dúvida, atualmente, a mais usada. O cientista Marshall Mcluhan em 1968 delineou o conceito “aldeia global”. Ele escolheu a palavra aldeia por que é um lugar onde as relações humanas são desenvolvidas com proximidade, vizinhança e intimidade. Para Mcluhan, este modelo de comunicação adquire uma dimensão global graças à mediação da tecnologia. A experiência de Aretha Medeiros pode confirmar essa tese, “Morei dois anos em Londres e matava a saudade de minha família e amigos pelo sistema de comunicação on-line (MSN). Além das mensagens podia vê-los pela webcam. Tinha a impressão que estavam ali todos juntos compartilhando da mesma intimidade. Isso é maravilhoso”.


Cuidados
Os navegadores do ciberespaço devem se precaver de alguns intrusos de privacidade. Cuidado é a palavra chave. Para evitar internautas má intencionados não abra e-mail de desconhecidos; não informe dados de conta bancária ou cartão de crédito; verifique se o site aberto é o oficial da empresa e instale um bom antivírus.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

SAIBA MAIS SOBRE A LER

Com o advento da tecnologia, tornou-se mais frequente o atendimento de pessoas com Lesão por Esforço Repetitivo

Conhecida popularmente por LER, a Lesão por Esforço Repetitivo atinge a muitos brasileiros que exercem funções repetitivas em seus trabalhos. Como os digitadores, pessoas que trabalham em linha de produção e até mesmo os atletas são alvos da tendinite, bursite entre outras doenças. Elas podem deixar a pessoa impossibilitada para o trabalho, e por isso é importante precaver-se para não sofrer nenhuma lesão.

O maestro e pianista, João Carlos Martins, 68, um dos maiores pianistas brasileiros de todos os tempos, luta desde a juventude para superar problemas que foram se acumulando em suas mãos. Além, de levar um tombo em Nova York, e ter o braço direito perfurado. Sofre com a Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Ao todo, passou por nove cirurgias nas duas mãos. Desde janeiro, toca piano com todos os dedos da mão esquerda e um dedo da direita.

Engana-se quem pensa que a LER é uma doença da modernidade. Ela existe há mais de 100anos e era considerada a doença dos escribas, ou seja, pessoas que escreviam a mão. Mas foi na década de 90 que a sigla ficou mais popular – devido ao contínuo desenvolvimento tecnológico, como por exemplo, o uso constante dos computadores.

Atualmente as Lesões por Esforço Repetitivo são chamadas de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DOTR). São termos usados para distúrbios ou doenças desenvolvidos no ambiente de trabalho que comprometem o sistema muscular e esquelético .

"A LER, ou DOTR, evoluíram em nível mundial, pois as doenças estão relacionadas com atividades repetitivas feitas com as mãos,e o uso dos computadores vem contribuindo para o desenvolvimento dessa síndrome." Explica o fisioterapeuta Francisco Sales.

Dennet e Fry, em 1988, classificaram a doença, de acordo com a localização e fatores agravantes:

Grau 1 - Dor localizada em uma região, durante a realização da atividade causadora da síndrome. Sensação de peso e desconforto no membro afetado.
Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome. A dor é mais persistente e intensa e aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente.
Grau 3 - Dor desencadeada em outras atividades da mão e sensibilidade das estruturas; pode aparecer dor em repouso ou perda de função muscular; a dor torna-se mais persistente.
Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após atividade com um mínimo de movimento, dor em repouso e à noite, aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor intensa, contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso sofrimento.

Algumas das medidas de prevenção é Sentar-se corretamente na forma anatômica, com as plantas dos pés totalmente sobre o chão, os braços apoiados no apoiador da cadeira e exercícios de alongamento de mãos e braços; adequar-se aos postos de trabalho com uma postura correta, realizando pausas programadas, ginástica laboral, revezamento de atividades entre outras. Lembra a fisioterapeuta Sorhai Nakamura.

Os esportistas, jogadores e funcionários que trabalham em indústrias ou em uma esteira são vulneráveis às lesões. E, o grande culpado pode ser a exigência pela alta produtividade, que costuma exigir um ritmo acima do normal dessas pessoas. Por isso, é importante ter postura, porque no final da atividade é possível adquirir lesões que poderão agravar com o tempo.

Assim que é percebido esses distúrbios O funcionário deverá procurar o coordenador ou o técnico de segurança do trabalho de sua empresa, a fim de comunicar- lhe a situação e solicitar mudanças no seu posto de trabalho. Também deve fazer pausas, alongamentos e revezamento de suas atividades, para diminuir o desconforto existente em sua coluna e musculatura", orienta Nakamura.

Quando a pessoa desenvolve a doença, se seguir os procedimentos médicos, dependendo do estado da lesão existe a probabilidade de cura. "Caso contrário o melhor tratamento é o afastamento das atividades quando possível. Já que, a automação do trabalho humano exige rapidez nas funções que agrava a lesão, podendo deixar o trabalhador incapacitado", afirma Francisco Sales.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A CADA DIA, AUMENTA A PROCURA POR CURSOS OFERECIDOS PELA MODALIDADE DE ENSINO À DISTÂNCIA

Novo formato permite que aluno não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de aprendizagem

A chegada das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação no mundo moderno/contemporâneo modificou as estruturas sociais. A política, a economia, a administração, a área de saúde, educação, entre outras, foram obrigadas a se ajustarem a essa realidade.

A globalização, o crescimento do mercado interno e externo, a busca pela fabricação de novos produtos e a busca por profissionais qualificados foram motivos emergenciais para conduzir milhares de pessoas às escolas e universidades. Estar atualizado tornou-se uma necessidade primordial e constante. E, a única saída, aparente, é a formação acadêmica.

Por essa razão, os órgãos responsáveis pela gestão educacional, em nosso país, o Ministério Educação e Cultura (MEC), buscou medidas legais para implantar e fiscalizar a Educação a Distância (EaD), visando atender essa demanda.

Em sua forma empírica, a EaD é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. A procura por essa modalidade de ensino vem aumentando, a cada dia, justamente pela necessidade do preparo profissional e cultural por vários motivos. Entre estes, pode-se destacar àquelas pessoas que não podem freqüentar um estabelecimento de ensino presencial.

Segundo a tutora presencial (que acompanha os alunos nos encontros presenciais), Jackline Roberta “a EaD possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos”.

No dia 28 de abril de 2009, o repórter da Rede Globo de Televisão, Alan Severiano, esteve visitando várias Instituições que oferecem Ensino à Distância para escrever uma série de reportagem que foi exibida pelo Jornal Nacional. Uma das selecionadas, foi a Escola João 23 que mantém em regime de parceria com a Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), um Pólo EaD localizado na Avenida Penha de Franca, 35 Penha - SP. Atualmente, são oferecidos os cursos de Pedagogia e Tecnologia em Processos Gerenciais. “A fórmula para encurtar a distância desses tipos de cursos é aumentar a interatividade”. Comenta Severiano.

Os cursos oferecidos por essa modalidade possuem um formato bem diferente dos tradicionais. Os encontros presenciais ocorrem uma vez por semana. Os alunos recebem as informações da aula via satélite por um professor (Tutor eletrônico). E, ainda existe a possibilidade dos alunos tirar as dúvidas pela Internet, no mesmo momento que ocorre a transmissão da aula via satélite. Além dessas ferramentas, existem várias maneiras de se fazer conexões, por exemplo, os correios, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o iPod e o note book.

Porém, os encontros presenciais não deixam de existir, e os alunos aproveitam para socializarem, discutirem e tirarem as dúvidas. O fator humano e social complementa o ensino aprendizagem.

Para Coordenadora, Sirlene Elias, Escola João 23, “a globalização, o crescimento do mercado, as necessidades de estar bem atualizado e com uma formação profissional é indispensável. E os alunos que possuem tempo escasso, principalmente nos grandes centros, a EaD proporciona oportunidades de aprendizagem àqueles que até então, não tinham disponibilidade necessária para um curso presencial”.

Educação à distância é a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem. Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz. Tem como objetivo orientar e facilitar a vida de alunos, nos quais possuem o tempo escasso, proporcionando oportunidades de aprendizagem àqueles que até então, não tinham disponibilidade necessária para um curso presencial.

Para Rosana Auricchio, tutora presencial, “a Educação à Distância deve ser vista como possibilidade de inserção social, propagação do conhecimento individual e coletivo, e como tal pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É nesta direção que a Universidade vê a possibilidade de formar cidadãos conscientes de seu papel sócio político, ainda que vivam em regiões onde a oportunidade de ensino de qualidade seja remota ou que a vida contemporânea reduza a disponibilidade para investir nos estudos”.

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação vem proporcionando uma ampliação no mercado do ensino à distância, o que se torna um desafio tanto para o educador quanto para o educando.

Veja alguns termos:

Secretaria de Educação a Distância (SEED): Secretária de Educação a Distância.
Portifólio: Instrumento que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos estudantes, durante um curso ou uma disciplina.
Fórum: Reunião ou local de reunião sobre tema específico ou para debate público.
Download: Significa copiar determinado programa ou arquivo da internet para seu
computador.
E-learning: Processo de aprendizagem a distância via internet.
Hypertexto: É uma forma não linear de apresentar e consultar informações. Vincula as informações contidas em seus documentos, criando uma rede de associações complexas através de hyperlinks ou links.
On-line: Estar conectado na internet.
Tutor eletrônico: Ministrante do curso a distância, que ajudará quando surgir uma dúvida, realizar um exercício ou desenvolver uma pesquisa.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

HISTÓRIA BASEADA NA VIDA DE UM EX-PRESIDIÁRIO

Sidney Francisco Sales tinha todos os motivos para ser um fracassado. Nasceu pobre,negro e se transformou num bandido de grande periculosidade

“Pai Nosso, que estas nos céus,
Santificado seja o teu nome;
Venha Teu reino, seja feita a Tua vontade,
Assim na terra como no céu...”

O dia 02 de setembro de 1989 foi corrido e de muitos acertos. Todos estávamos decididos, poderosos, armados e cheios de confiança. O líder do grupo iniciou a reunião com a reza do Pai Nosso. Acreditávamos que seríamos abençoados e protegidos das conseqüências que o mundo do crime trás. Só assim, guiados pela mão de Deus poderíamos sair para mais uma missão, entre tantas, que já havíamos cumprido. Dessa vez, tinha sido escolhida a Ponte dos Remédios, que cruza o Rio Tietê, na cidade de São Paulo.

Essa ponte constitui parte do sistema viário da Marginal Tietê, a via possui quatro pistas, divididas em dois sentidos cruzando o Rio Tietê. São 300 metros de cumprimentos sustentados por pilares que fazem a interligação das Ruas Silva Airosa e Major Paladino, na Vila Leopoldina, à Avenida dos Remédios, na cidade vizinha de Osasco. O ponto escolhido para o assalto, dessa vez, foi na saída da ponte, na região de Osasco. Tudo estava planejado nos mínimos detalhes: rádio de comunicação; roupas apropriadas; automóveis para a fuga; armamentos e muita munição.

Ao analisarmos o planejamento nada poderia sair errado. O Jagunço, nosso informante, passou todas as características do caminhão e que no máximo em cinco minutos estaria passando no ponto determinado. Alertou-nos: “Lá vem o caminhão...!” A carga era muito valiosa, estava estimada em setecentos e setenta e cinco mil cruzados novos em carga de AZT - remédio contra a AIDS. A empresa era a Transdroga, especializada em transportes de remédios. Estávamos prestes a pôr a mão em toda àquela grana. Para mim, então nem se fala, aos 19 anos ter a minha parte em dinheiro vivo era o que mais desejava. Iria dar presente para minhas namoradas e deixá-las feliz. Após o assalto era só levarmos o motorista, o ajudante para o cativeiro e entregar a carga ao receptor em Rudge Ramos, no ABC Paulista.

Levamos os reféns a um cativeiro no bairro de pedreira, e pagamos Cz$ 1.000,00 para essas pessoas cuidarem deles. Partimos, então, para levar a carga ao local de receptação. Até àquela hora estava tudo perfeito, nem sinal dos “homens”. Porém, não demoraria muito para percebermos que “casa tinha caído”. A operação deu com os “burros n’água”. A Polícia já estava aproximadamente oito meses no encalço da quadrilha, descobriu os planos de ação e de maneira brilhante estava estrategicamente pronta para interceptar, agir e nos render.

Logo após a entrega da carga, prendeu Nelson e o Wilson. Depois de os torturarem nos “caguetaram”, o que possibilitou à polícia fazer o flagrante no local onde estávamos dividindo o prêmio. A casa ficou toda cercada. Eram muitos policiais. Invadiram o local, nos algemaram e nos levaram.

Adolescência conturbada
Sidney Francisco Sales tinha todos os motivos para ser um coitado. Nasceu pobre e negro, porém poderia locomover para qualquer lugar, sem empecilhos. Paulistano de um bairro da periferia chamado São José. Filhos de pais analfabetos e trabalhadores de roça, todavia, especialistas em integridade e honestidade. Seu Sebastião Francisco Sales e dona Maria da Conceição Sales migraram de São João Del Rei, MG, para tentar uma vida melhor na cidade de São Paulo.

Como frutos do casamento, além de Sidney, nasceram quatro meninas. A vida na capital colocou vários obstáculos que impediram acompanhar o crescimento dos filhos de perto. Os meninos cresceram quase sozinhos, pois as atividades de construção civil e doméstica dos pais tomavam todo o tempo. Mesmo assim, a renda era insuficiente para atender as necessidades de casa. Por ser o único filho homem recebia um pouco mais de atenção, amor e carinho de seu pai e isso tornou sua infância um pouco melhor. Sua mãe era mais severa e disciplinadora. Devido os perigos que a rua oferecia obriga que os filhos ficassem trancados em casa.

Porém, por Sidney ser uma criança travessa, pulava a janela e ia para o campinho jogar bola. Queria seu espaço, encontrar com os amigos, buscava a liberdade. Não gostava de ficar em casa de jeito nenhum. Às vezes, se isso não bastasse, quando seu pai chegava do serviço, muitas vezes estava embriagado – tinha muitos problemas com o alcoolismo -, discutia com a mulher e queria bater nos filhos. Na escola havia comparações de roupas, material escolar, mochilas que sempre eram melhores do que as coisas que Sidney usava. Calçava uma “conga” – uma espécie de sapato de lona -, e os outros alunos tênis de marca; levava o material escolar num saco de arroz e essa situação causava um complexo de inferioridade muito grande.

Todavia, sempre procurou estar entre os melhores alunos da sala. Mas, na oitava série, já havia tendência para a rebeldia, cabulava aula, e a repetência foi inevitável. Aos quinze anos foi trabalhar na Escola Poti Mirim, ligada à Escola Albert Einsten. Começou com os serviços gerais da escola, depois passou para auxiliar o motorista de Kombi que buscava e entregava os alunos. Quando recebia o salário entregava tudo na mão de sua mãe, o qual usava parte para pagar o mercadinho, o gás, a luz e água. E se sobrasse algum valor ela me repassava.

Essa situação o deixava muito revoltado porque não dava para comprar as coisas que queria, por exemplo, tênis, roupas e sair para as festas. Cada vez mais a revolta aumentando em seu coração; e a ambição tomava conta de sua vida. Ir ao shopping era um problema, pois suas roupas não eram adequadas e sentia-se inferior aos demais. Aos quinze anos completou a oitava série, e para iniciar o colegial matriculou-se no período noturno. Quando terminava a aula ia para a casa de uma tia que ficava ali próximo, na favela do Bairro da Pedreira, onde morava seu primo, Niltinho, que nessa época já estava envolvido com drogas. Numa dessas visitas lhe fez um convite:
- Ney, vem aí cara. E aí mano, quer experimentar um barato diferente?
- Que barato é esse? – Perguntei.
- Maconha, baseado. Que um?
- E aí, é bom mesmo?
- Claro, prova aí...

Nesse dia teve o primeiro contato com as drogas, fumou o primeiro cigarro de maconha em companhia do primo. Não demorou muito para se tornar um dependente químico. Agora, além das coisas que queria comprar para compensar o complexo de inferioridade, tinha que sustentar o custo da droga. E cada vez mais, as coisas iam ficando difícil porque o dinheiro era muito pouco. Os amigos sabiam da habilidade de dirigir carros e motos, por isso convidavam para participar de diversos delitos e pequenos assaltos. A carência material, a ambição de ter coisas que nunca pode ter – carro, moto, casa própria -, levou Sidney a encurtar o caminho para conseguir tais sonhos.

Nessa altura de sua vida, aos 16 nos, a escola já não fazia parte de sua rotina. O que reinava em sua mente era o estímulo para conquistar muita coisa em pouco tempo e sem trabalho. Por isso, foi levado a aceitar outros convites para assaltar pessoas, comércio, lojas e posto de gasolina. Chegou o ponto que não teve outra escolha a não ser entrar de cabeça “no negócio”, e partir, realmente, para a criminalidade. Logo depois conheceu os amigos Rubens, Carlinhos, Gênico e Fernando, que formavam uma gangue, e lhe convidaram para participar de assaltos. Era uma quadrilha profissional e especializada em roubos de agências e postos bancários 24 horas dentro de empresas.

Certo dia conversaram com Sidney que deveria deixar as drogas, pois tinha que estar lúcido ao dirigir o veículo usado nos assaltos e, também, evitar o agravante caso fosse pego em flagrante pelos policiais. Sua função na quadrilha era importantíssima, por isso, tinha que estar “limpo” para levá-los e dar fuga do local do assalto. Sendo assim, seguiu as orientações do grupo tornando- se um motorista responsável e qualificado. Passou, então, a ir somente aos finais de semana, quando estava de folga, na favela do Bairro da Pedreira, ao barraco do iniciante no mundo das drogas – o primo Niltinho -.

Entre amigos
- E aí, bonequinha? Tá com medo? Vem ficar aqui na minha cela que, hoje mesmo você vira picadinho...
Eles gritavam em tom de ameaças, dizendo que iam nos cortar, matar... Os carcereiros nos advertiam para não nos influenciarmos com drogas, armas, facas, estiletes ou com quadrilhas formadas dentro do sistema carcerário, porque, se não eles usariam canos de ferro, correntes, cabos de aço e outras armas para nos bater. Certo dia apareceu alguém e perguntou:
- Tem alguém da zona sul ai? Aqueles homens começaram a gritar:
- Tem sim. Capão Redondo, Vila Joaniza, Nakamura, Santo Amaro, Jardim Ângela, Jardim Mírian, Parelheiros, Nove de Julho.
-Tem alguém do Grajaú, São José? Nessa hora me chamaram e eu cheguei ali perto da grade e o rapaz me perguntou:
- De onde você é?
- Eu sou do São José, respondi.
-Você não conheceu nem um Ney por lá?
- Poxa, sou eu mesmo.
- Quem ta falando aí?
- Aqui é o Judas, irmão da Tereza, do Jardim das Imbuias.
- E aí, como ta, mano? Ouvi falar muito de você. Inclusive nós mandávamos cigarro pra você. Você recebeu as encomendas?
- Claro tudo em cima. Tudo Tranqüilo.
- Quando sair daí, você vem morar conosco, na nossa cela.
Mas logo em seguida apareceu João Telo, um traficante que eu conhecia do Jardim Iporanga, próximo ao Bairro Parelheiros, e o Magrão, o Serjão, da Chácara Tanay; depois veiram alguns da estrada do M' Boi Mirim, o Bezerra, outros do Jardim Ângela, Nakamura; e apareceram alguns da Joaniza: o Tal, o Bongo, o Boy. Todos eles queriam que eu fosse morar com eles, pois todos eles foram ajudados por nós, quando estávamos em liberdade e, eles, presos. Como Judas havia me convidado antes, fui para a cela dele.

Carandiru
Desde as primeiras incursões no mundo do crime, passou por experiências de sofrimentos, violência, tráfico de drogas, assaltos a bancos, roubos de carga e muitas mulheres. Fez carreira na escola do crime. Foi preso, torturado, amaldiçoado. Afundou-se de corpo e alma nas drogas. O assalto na Ponte dos Remédios foi o passaporte para o inferno do Carandiru.

Ficou detido entre as paredes fedidas daquele lugar. Condenado a seis anos e quatro meses de reclusão em regime fechado. Ficou no Pavilhão 9, o mais abarrotado da cadeia, que abrigava 2,5 mil detentos. Ali existem duas celas de triagem e mais de trinta prisioneiros esperavam sua vez. Enquanto isso dormiam no chão e ficavam espremidos. Os presos só desciam para receber visitas aos domingos ou as quartas, das oito às quinze. Assim que chegavam os novatos, os outros subiam para ver se entre eles há amigos ou inimigos. Nesse caso, o desafeto é ameaçado de morte.

No dia 2 de outubro de 1992 ocorreu uma briga entre dois detentos no complexo penitenciário. A situação foi incontrolável e se propagou rapidamente para outros pavilhões. Sidney estava no quinto andar quando a Tropa de Choque da Polícia Militar entrou atirando, parecia mais uma festa de festim, era bala para todo lado. Quando desceu para a galeria viu corpos esticados no chão correu rapidamente para sua cela, e lembrou-se da Bíblia que sua mãe lhe havia dado, ajoelhou e leu o Salmo 91:

“Aquele que habita no abrigo do Altíssimo,
E descansa à sombra do Todo-poderoso
Pode dizer ao Senhor:
Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza,
O meu Deus, em quem confio...”

Antes de terminar de lê-lo, foi abordado por um policial que ordenou que saísse da cela, tirasse a roupa e descesse até o térreo, onde outros detentos estavam nus.

Diante de uma cena horrível foi obrigado pelos policiais a carregar 25 cadáveres. Viu os companheiros de cela serem metralhados no massacre que matou 111 homens - segundo registros oficiais - tão pobres e negros quanto ele. Ao final de tudo, após o massacre, percebeu que estava vivo. Foi transferido para a penitenciária de Mirandópolis, onde ficou durante um ano e em seguida conseguiu a condicional.

Triste notícia
20 de abril de 1995. Fui visitar uma namorada que morava na favela de Iporanga, na grande São Paulo. Eu sabia que os traficantes de Iporanga me conheciam e começaram a ficar de olho em mim. “Estava brincando com fogo”. Usando uma moto Honda 750 Four, cheguei ao barraco de minha garota e naquela hora senti que algo estranho ia acontecer. João Loro, um traficante rival, veio até onde eu estava, sacou uma arma e começou a atirar. Foram quatro tiros, sendo o primeiro na nuca, outro no braço esquerdo, um terceiro tiro na espinha e o quarto na perna, e disparou ainda mais dois tiros que não me acertaram e caí no chão.

Quando tentei me levantar para pegar a moto, percebi que não tinha mais forças nas pernas. Caí novamente e comecei a tremer e ao mesmo tempo suava, e sentia calafrios. Faltava-me o ar, meu coração acelerou e o pânico tomou conta de mim. A vida que corria dentro de mim se desvanecia e lentamente perdia o controle dos sentidos. O João, vendo que não havia morrido, aproxima-se, carrega outra vez a arma, dispara mais seis tiros. E, por um “milagre” o revólver não consegue detonar as cápsulas. Tentou novamente, e não conseguiu. E disse:

– Vou embora Ney. Tu é ruim mesmo. Nem pra morrer tu serve. Tu tem é parte com o diabo, vou cair fora.

Algumas pessoas que moravam ali na rua assistiram tudo. Uma ex-namorada que morava próximo ficou sabendo e buscou uma perua velha. Reuniu alguns homens e me colocaram dentro de qualquer maneira. Assim, conseguiram me levar para o Hospital da Faculdade OSEC, em Santo Amaro. Os médicos fizeram uma cirurgia de emergência que duraram quatro horas. Após três dias de UTI, recebi uma junta médica e a assistência social para me informar a triste notícia que iria ficar paraplégico e teria que usar uma cadeira de roda para o resto da vida.

Ex-detento
Quem vê Sales sentado numa cadeira de rodas, vestido em seu terno de cor marrom e camisa branca impecável Pierre Cardin, cabelo e barba bem feitos, conversando com as pessoas sobre assuntos cotidianos e administrativos, dando conselhos e às vezes contando piadas - sequer imagina que já passou por tantos revezes. Pode ser considerado um Herói, pois se recuperar de uma vida de crime e drogas é uma vitória que poucos conseguem.

Quando terminou de cumprir sua pena, buscou integrar-se na sociedade. Mas, devido à descriminação por ser ex-prisidiário, negro, ter antecedentes criminais e não ter o segundo grau completo foi impossível ingressar-se no mercado de trabalho. Devido a tantos preconceitos e sem chance de ser um cidadão comum, decidiu voltar aos delitos e traficar drogas. A cadeira de rodas não foi empecilho, conseguia se locomover para todos os lados com tremenda agilidade e habilidade. Sua função era ser a isca para roubo de carga e num desses assaltos foi preso novamente e foi parar no 25º Distrito de Polícia de Parelheiros. Ali recebeu a visita de um grupo de missionárias evangélicas, e lhe fizeram uma pergunta que iria mudar sua vida:

– Aceita fazer um tratamento de recuperação para deixar as drogas?

Respondeu que sim. Após sair da prisão de Parelheiros foi para a casa de recuperação Liberto pela Palavra, em Jundiaí, SP. Na situação de ex-detento permaneceu cinco anos recebendo tratamento na clínica, localizada no bairro Rio Acima. Ao sair, criou seu próprio centro de recuperação, para tal empreendimento recebeu apoio financeiro e jurídico do Dr. José Carlos Marion e da Igreja Comunidade Cristã. Dessa forma, pode alugar uma chácara na estrada do Mursa, em Várzea Paulista, onde abriu o Centro Terapêutico Educacional Cristão para recuperação de dependentes químicos.

Hoje, aos 40 anos, é convidado para proferir palestras em escolas, universidades, comunidades e igrejas sobre Direitos Humanos, Discriminação, Criminalidade e Prevenção às drogas. De cor escura, dentes brancos, barba encravada e sem curso superior não mede esforços para atender quem bate à sua porta. Da escória da sociedade tornou-se uma pessoa influente e conhecida pela capacidade de superação. Atualmente exerce a função de Titular e Delegado do Conselho Municipal de Assistência Social da cidade de Várzea Paulista/SP.

Certa vez, às 4hs da manhã, do dia 04 de dezembro de 2003, toca a campainha da Casa de Recuperação. O segurança ao atender as pessoas que estavam no portão se depara com um quadro muito triste. Sidney ao sair para ver o que estava acontecendo vê um homem que tinha um lenço amarrado no pescoço e que mal conseguia falar. Ele tinha câncer e o tumor externo estava apodrecendo sua carne. Havia bichos comendo o corpo daquela pobre vida. Era mais um excluído que batia a sua porta pedindo socorro. Foi aceito sem cerimônias e levado para o quarto de Sidney, porque os outros internos não queriam dormir com ele por causa do mau cheiro - era carne apodrecendo em vida -Tomou a decisão de ajudá-lo e passava boa parte dos dias ao seu lado. Colocou a cadeira ao lado de sua cama, e fazia a terapia de colocar carne crua sobre seus ferimentos. O Hospital São Vicente da cidade de Jundiaí dava os medicamentos necessários, mas não aceitava interná-lo. Numa manhã, José Fernandes Pires perdeu o resto de vida que lhe sobrava. Porém, como quem adivinha que seu fim estava próximo, chama Sidney e numa conversa balbucia algumas frases de agradecimentos: Obrigado por tudo, pelo banho e a comida quente. Pela cama macia e o cobertor. Muito obrigado! Você me deu a dignidade que nunca imaginei que um dia pudesse ter no final de minha vida.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A CADA DIA AUMENTA A PROCURA POR CURSOS OFERECIDOS PELA MODALIDADE DE ENSINO À DISTÂNCIA

Novo formato permite que aluno não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de aprendizagem

Nas últimas décadas, a Educação à Distância (EaD) passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podem frequentar um estabelecimento de ensino presencial. Segundo a tutora presencial (que acompanha os alunos nos encontros presenciais), Jackline Roberta “o EaD possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos”.

No dia 28 de abril de 2009, o repórter da Rede Globo de Televisão, Alan Severiano, esteve visitando várias Instituições que oferecem Ensino à Distância para escrever uma série de reportagem que foi exibida pelo Jornal Nacional. Ao visitar o Pólo de Educação à Distância da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), localizado no Bairro da Penha-SP. Comenta que “a fórmula para encurtar a distância desses tipos de cursos é aumentar a interatividade”.

Para a tutora presencial, Rosana Auricchio, “o EaD é uma modalidade de ensino que abrange a cada ano maior número de pessoas que visam crescimento profissional”.

Os cursos oferecidos por essa modalidade possuem um formato bem diferente dos tradicionais. Os encontros presenciais ocorrem uma vez por semana. Os alunos recebem as informações da aula via satélite por um professor (Tutor eletrônico). E, ainda existe a possibilidade dos alunos tirar as dúvidas pela Internet, no mesmo momento que ocorre a transmissão da aula via satélite. Além dessas ferramentas, existem várias maneiras de se fazer conexões, por exemplo, os correios, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o iPod e o notebook.

Para Coordenadora, Sirlene Elias, Escola João 23, “a globalização, o crescimento do mercado, as necessidades de estar bem atualizado e com uma formação profissional é indispensável. E os alunos que possuem tempo escasso, principalmente nos grandes centros, o EaD proporciona oportunidades de aprendizagem àqueles que até então, não tinham disponibilidade necessária para um curso presencial”.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

CONSIDERADO O MAIOR JORNALISTA-LITERÁRIO DO MUNDO, ESCREVIA SOBRE A VIDA DE PESSOAS ÂNOMIMAS

O livro o Segredo de Joe Gould, de Joseph Mitchell, é o marco inicial do gênero de romance não-ficcional

Encontrar bêbados, desdentados, paupérrimos, meretrizes, fazia parte do trabalho de Mitchell. Segundo a jornalista Renata Carraro “a característica de narrar suas histórias é uma aula de estilo literário e entrega jornalística”. A contemporização dos diálogos, a reconstrução das cenas, a partir dos depoimentos dos acusados e dos dados levantados pela perícia, permite que o leitor acompanhe os detalhes do caso como se estivesse presente no momento em que ocorreram.

Mitchell apresenta uma notável história e o perfil de um boêmio nova-iorquino que foi publicada também em dois estágios, um antes e outro depois da morte do protagonista. Vale lembrar que esta obra foi publicada pela primeira vez no jornal americano "The New Yorker" em diversas edições. A edição primorosa do genial William Shawn contribui de maneira substancial para transformar este livro em uma obra-prima. É importante ter em mente, ao ler o livro, que ele é, antes de qualquer coisa, uma reportagem jornalística romanceada e não um romance com viés jornalístico.

Essa experiência literária só se tornou possível pelo pioneirismo da "The New Yorker" e do seu editor William Shawn. Joseph Mitchel era um repórter jornalístico que gostava de retratar os anônimos, mostrando o quanto a vida considerada banal pode ser extraordinária. Sua série de entrevistas com o boêmio Joe Gould no início da década de 1940 resultou na publicação de um artigo na revista The New Yorker intitulado "O Professor Gaivota". Gould, que tinha apenas 53 anos, aparentava ter quase 70.

Era um homem de baixa estatura, cabeludo e barba densa. Vestia roupas doadas, andava com poucos dólares no bolso e péssima higiene pessoal. O que diferenciava dos outros boêmios é que circulava nas rodas culturais da cidade. Ganhou diversos apelidos e o mais conhecido deles - professor gaivota - devia-se a uma performance que costumava fazer em festas e eventos sociais imitando uma gaivota e falando "gaivotês". Gould afirmava poder compreender a linguagem das gaivotas e comunicar-se com elas. Apesar de parecer um vagabundo que filosofava ao léu, o boêmio trabalhava diariamente escrevendo um livro que denominava "Uma história oral de nossa época".

Segundo seus relatos, a obra era onze vezes maior que a Bíblia e contava com cerca de nove milhões de palavras. Era um registro de tudo o que Gould via e ouvia. A dedicação para escrever seu livro chamou atenção do jornalista Joseph Mitchel, que passou vários anos de sua vida convivendo com Gould, tornando-se uma espécie de ouvinte, parente e referência para aquele homem que carecia de atenção e do suprimento de suas necessidades básicas.

O livro divide-se em duas partes, sendo a primeira o texto integral da citada reportagem publicada na revista em 1942 e a segunda um depoimento mais extenso de Mitchel sobre seu longo contato com Gould. Ao ler o livro percebe-se que os dois textos são bem diferentes, traçando dois perfis de um mesmo homem. A sensibilidade de Mitchel e sua notável habilidade em descrever seus contatos com o boêmio nova-iorquino fazem com que o contato do leitor com o que poderia ser considerado corriqueiro ou mesmo trivial transforme-se em uma verdadeira obra de arte.

Uma das passagens mais emocionantes do livro trata do período em que Gould recebeu um patrocínio anônimo durante alguns anos. A benfeitora não queria revelar sua identidade e doava uma quantia mensal que garantia ao boêmio hospedagem modesta, alimentação e outros produtos básicos. Intrigado com o anonimato do patrocinador passou algum tempo desconfortável com a situação e tentou de diversas formas descobrir quem estava por trás da boa ação. Passados alguns anos, quando já havia se conformado com o mistério, sem dar nenhuma explicação, a mulher parou de enviar o patrocínio. Essa atitude deixou o boêmio amargurado e ainda mais infeliz do que quando não conseguia descobrir de onde vinha o dinheiro. Além de nunca ter sabido quem o ajudara, também ficou sem pistas sobre os motivos que levaram à suspensão do suporte financeiro.

Era um morador de rua. Um auto-proclamado boêmio. Uma dessas figuras sui generes que aparecem nos centros das grandes cidades por aí. Joe Gould tem um segredo. Um segredo espalhado pela cidade. Ele guarda manuscritos daquilo que chama a "História Oral de Joe Gould". Um livro que clama ser o maior do mundo, a história das vociferações humanas. Um apanhado do que pode ser a explicação das dores, sofrimentos e da solidão de quem hoje vive preso à rotina do concreto.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A cada dia aumenta a procura por cursos oferecidos pela modalidade de Ensino a Distância

A Educação a Distância (EaD), em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.

Educação a distância (chamada de teleducação) é a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem. Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz.

A EaD deve ser vista como possibilidade de inserção social, propagação do conhecimento individual e coletivo, e como tal pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É nesta direção que a Universidade vê a possibilidade de formar cidadãos conscientes de seu papel sócio político, ainda que vivam em regiões onde a oportunidade de ensino de qualidade seja remota ou que a vida contemporânea reduza a disponibilidade para investir nos estudos.


A interligação (conexão) entre professor e aluno se dá por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet, em especial as hipermídias, mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o iPod, o notebook, entre outras tecnologias semelhantes.

Na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Atualmente, possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos.


Com a globalização, o crescimento do mercado, as necessidades de estar bem atualizado e com uma formação profissional é indispensável. Vem proporcionando uma ampliação no mercado do ensino à distância, o que torna-se um desafio tanto para o educador quanto para o educando. Tem como objetivo orientar e facilitar a vida de alunos, nos quais possuem o tempo escasso, proporcionando oportunidades de aprendizagem àqueles que até então, não tinham disponibilidade necessária para um curso presencial.

Veja alguns termos:

Secretaria de Educação a Distância (SEED): Secretária de Educação a Distância. O programa SEED foi criado em 1998 em resposta às necessidades enfrentadas pelos países em desenvolvimento quanto às tecnologias de informação e de comunicação, para o desafio da educação científica ao redor do mundo, e em reconhecimento aos recursos no auxílio de desafios.
Portifólio: Instrumento que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos estudantes, durante um curso ou uma disciplina.
Fórum: Reunião ou local de reunião sobre tema específico ou para debate público.
Download: Significa copiar determinado programa ou arquivo da internet para seu
computador.
E-learning: Processo de aprendizagem a distância via internet.
Hypertexto: É uma forma não linear de apresentar e consultar informações. Vincula as informações contidas em seus documentos, criando uma rede de associações complexas através de hyperlinks ou links.
On-line: Estar conectado na internet.
Tutor eletrônico: Ministrante do curso a distancia, que ajudará quando surgir uma dúvida, realizar um exercício ou desenvolver uma pesquisa.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AMIGO INSATISFEITO

A exemplo, desse homem, existem milhões de brasileiros que esperam mudanças urgenciais e efetivas

Era mais dum dia de pesquisa de campo para escrever mais um texto para meus leitores. Como sempre, saí sem pauta. Porém, esperava encontrar algo que valha a pena. E, no dia 04 de junho de 2009 fui para o Shoppin da Lapa localizado na Rua Guaicurus, esquina com a Rua Catão, 72.

O Shopping Center Lapa passou por uma completa reestruturação, despontando, em 2005, como um dos shopping centers que mais cresceram na região. O empreendimento está mais moderno, de fachada nova, com cinema de última geração, completa praça de alimentação e ambiente totalmente revitalizado. Atualmente com 105 lojas, consegue atrair mais de meio milhão de consumidores/mês da sua área de influência.

Ao percorrer as lamedas escolhi um cantinho para sentar e esperar alguém bom de prosa e com boa memória. Fiquei sentado por 5 minutos, levantei e após uma volta me dirigi para o mesmo lugar. Já havia analisado que ali seria ótimo para conversar com alguém pela tranquilhidade e sossego aparente.

Ao meu lado, porém de costas, estava um senhor e eu puxei uma conversa. Ele levantou, virou e sentou-se ao meu lado e começamos uma boa conversa que duraria mais de duas horas. Nos apresentamos e começamos a dialogar sobre política, economia, futebol, casamento, automóvel, entre outros assuntos.

O senhor Valdeci Pires estava insatisfeito com um velho amigo. A minha surpresa era que este senhor de 65 anos foi amigo íntimo do Presidente Lula. Fez parte do movimento sindicalista do ABC Paulita, na época liderado pelo atual presidente. Lembra que esteve nos momentos mais críticos e difíceis de perseguição à liderança sindical. "O lula traiu nossa confiança. Prometeu que defenderia nossa classe, mas em seus dois mandatos não fez nada, nada". Diz

Pernambucano, aposentado,cabelos grisalhos, barba feita, baixa estatura, continua apresentando seus motivos de mágoa do seu conterrâneo "para mim sempre foi motivo de orgulho, ajudei antes das eleições porque ele me parecia ser uma pessoa muito ética", disse.

Apesar do ceticismo do nosso representante no Brasil, os brasileiros tinham esperança de que as coisas iam mudar no governo dele. As promessas de campanha não foram cumpridas e os problemas, já conhecidos de todos, continuaram e agravaram em seu mandato. Por exemplo, segurança pública, corrupção, falta de políticas sociais, deficiência no sistema de saúde pública, falta de vagas e recursos financeiros no ensino público; falta de emprego a milhões de brasileiros; aposentadorias milionárias de poucos e as aposentadorias miseráveis de milhões de pessoas; alto valor das custas processuais e a morosidade dos processos em andamento no Poder Judiciário; melhoria do transporte público nas grandes cidades; falta de água tratada e esgoto em boa parte das residências; meio ambiente; população rural que busca um terra para sobreviver; sonho da casa própria; grande número de favelas; aumento da dívida pública; o risco da volta da inflação, corrupção em todas áreas do governo, etc.

O Senhor pires desabafa: "Contribui com o INSS sobre dez salários mínimos. Hoje recebo 5 salários. E o Presidente Lula é ao meu ver o grande responsável por isso. Ou seja, o que se ver é a falta de comprometimento responsável e muita maquiagem "lulista" para beneficiar em primeiro lugar sua família, seus amigos e o PT." Conclui.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CAMPEONATO DE GAMES

Cinema de São Paulo vai ter campeonato de games on-line

Equipes vão se enfrentar em 'Ragnarök' e 'Grand chase' neste sábado 30 de maio,200. A sala terá 250 vagas para o público acompanhar as disputas. As Partidas do RPG 'Ragnarök' serão transmitidas ao vivo em sala de cinema. Um cinema na cidade de São Paulo vai ser o palco de um campeonato de jogos on-line neste sábado. Equipes vão se enfrentar nos games "Ragnarök" e "Grand chase", em partidas que serão transmitidas ao vivo na tela.

A Level Up!, produtora dos jogos e organizadora do evento Game Experience, vai fornecer 250 ingressos para quem quiser assistir às disputas. Para ganhar uma entrada, você precisa comprar R$ 9,90 em créditos de jogos da produtora, disponíveis em cinco lan houses participantes. Esses créditos servem para a compra de itens nos jogos da empresa.

As oito equipes finalistas - quatro em cada jogo - foram definidas em eliminatórias no dia 23 de maio. As equipes vencedoras vão ganhar prêmios reais (fones de ouvido e placas de vídeo, entre outros) e virtuais (itens e pontos no universo dos respectivos jogos). 'Grand chase' é baseado no combate em cenários com plataformas. "Ragnarök" foi lançado no Brasil em 2004, teve mais de 3 milhões de usuários cadastrados e, atualmente, conta com 150 mil jogadores mensais, segundo a Level Up!. O jogo é baseado na evolução de personagens através da realização de missões ("quests").

Já "Grand chase" segue o estilo de combates rápidos em "arenas", inspirado por sequências de golpes ("combos") e uso de itens para aprimorar os personagens. O jogo, com vozes em português, tem cerca de 260 mil usuários mensais, segundo a produtora. Personagens de 'Grand chase' têm vozes em português.

Local: Lobby e Sala 7 do complexo Cinemark do Shopping - Metrô Santa Cruz
Data: 30 de maio de 2009
Horário: das 09h00 às 13h00
Mais informações: site oficial

quarta-feira, 13 de maio de 2009

CADA VEZ MAIS SE OUVE E SE USA A PALAVRA TAG

Uma tag é uma palavra-chave, importante ou termo associado com uma informação. Por exemplo, uma imagem, um artigo ou um vídeo que o descreve e permite uma classificação da informação baseada em palavras-chave.

Tags são, usualmente, escolhidas informalmente e como escolha pessoal do autor ou criador do item de conteúdo - isto é, não é parte de um esquema formal de classificação. É um recurso encontrado em muitos sites de conteúdo colaborativo recentes e por essa razão, "tagging" associa-se com a onda Web 2.0.

Normalmente, um item tem uma ou mais tags associadas a ele.

São estruturas de linguagem de marcação que consistem em breves instruções, tendo uma marca de início e outra de fim. Há uma tendência nos dias atuais para se usar as tags apenas como delimitadores de estilo e/ou conteúdo, tanto em HTML quanto em XML.

Portanto, são rótulos usados para informar ao navegador como deve ser apresentado o website.E, Todas as tags têm o mesmo formato: começam com um sinal de menor "<" e acabam com um sinal de maior ">".

Genericamente falando, existem dois tipos de tags - tags de abertura: e tags de fechamento: . A diferença entre elas é que na tag de fechamento existe um barra "/".

Tudo que estiver contido entre uma tag de abertura e uma tag de fechamento será processado segundo o comando contido na tag.

Mas, como toda regra tem sua exceção, aqui no HTML a exceção é que para algumas tags a abertura e o fechamento se dá na mesma tag. Tais tags contém comandos que não necessitam de um conteúdo para serem processados, isto é, são tags de comandos isolados, por exemplo, um pulo de linha é conseguido com a tag
.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

COMO CONVERTER ARQUIVOS .ODT PARA .DOC

Exisem recursos que são criados para facilitar o trabalho de conversão de arquivos

A Microsoft a partir do Office 2007 usa o Open XML (.docx, .xclx, .pptx etc) como o formato nativo para os arquivos. Eles são incompatíveis com o OpenDocument Format (.odt, .odf, .ods etc) que em maio de 2006 foi escolhido pela Organização Internacional de Normalização (ISO) como formato padrão para documentos. Para trabalhar com arquivos do ODF é indicado usar o OpenOffice, na versão brasileira chamado de BrOffice, que além do ODF também suporta os formatos originais do MS Office (. doc,. xcl,. ppt etc). Você pode fazer o download do BrOffice aqui, o tamanho do arquivo é de 113.7 MB.

Se você já possui o Office e não deseja baixar o OpenOffice, uma possível solução é instalar o ODF converter, para o Microsoft Word é este aqui que tem suporte para o Word XP, 2003 e 2007 nos idiomas inglês, holandês, francês, alemão e polonês. A versão do Office 2000 não é suportado, mas você pode instalar um visualizador de arquivos como o TextMaker Viewer (4MB). O programa suporta os formatos .odt, .rtf, .dot, .psw, .tmd, .pwd, .tmd, .sxw entre outros. Como ele é um visualizador não é possível editar os arquivos mas você pode copiar e colar no Office.

Existe ainda a opção de usar um conversor online, como o Zamzar, Youconverterit e o Media Converter. Este sites além de converter arquivos de documentos (.doc, .odt, .pdf, .ods, .xls, .odp, .ppt), também permitem trabalhar com arquivos de som ( .mp3, .ogg, .wav, .wma) e vídeo ( .3gp, .avi, .flv, .m4v, .mov, .mp4, .mpg, .mpeg, .psp, .rm e .wmv

terça-feira, 31 de março de 2009

ENCONTRO COM ELIANE BRUM

Era uma manhã quente, típica de verão, o calor era amenizado por dois ventiladores. Na sala estavam oito alunos, precisamente, cinco moças e três rapazes, eu estava entre esses. Todos aguardavam a professora, em particular, estava curioso, porque seria abordado um pouco do trabalho da Jornalista Eliane Brum. Sendo sincero, mesmo sendo vergonhoso para quem já fez o TCC, confesso que já tinha ouvido falar, e por sinal bons comentários, por exemplo: “Eliane Brum parece ser daquelas pessoas cujo texto carrega o seu próprio DNA”. “Tem uma história de 20 anos na profissão e mais de 40 prêmios de reportagem”. “Ganhadora de prêmios como Esso e Vladimir Herzog”. E por aí vai… Eliane é repórter especial da revista Época; e autora dos livros “O Olho da Rua”, “A vida que ninguém vê” e do esgotadíssimo “Coluna Prestes: O avesso da lenda”, além de co-diretora e co-roteirista do documentário “Uma História Severina”. Mas, faltava àquele contato, com “A” maiúsculo. Mesmo que seja por textos e vídeos.

Pelo que foi visto e lido, percebi que é uma gaúcha de boa prosa. Durante a entrevista segura tenazmente a caneta em sua mão direita e gesticula com tamanha simplicidade. Fala com voz suave e jeito doce de seu trabalho e de suas reportagens. Com sentimentos de quem vive uma vida real. Mergulha em suas entrevistas até encontrar a mais límpida água que brota da fonte a borbulhar. Cada pensamento, palavra e emoção não lhe passa despercebido e com sua capacidade áurea passa para os seus textos. No documentário “Uma história Severina” ultrapassa as imagens, o texto e a edição. É uma declaração de quem olha para a vida e os problemas das pessoas de maneira diferente. É impossível, ao assisti-lo, não se emocionar, sensibilizar e sentir as dores das Severinas de nosso Brasil.

Todos esses atributos, talvez, seja fruto de sua capacidade intelectual e emocional. Contudo, a história de sua infância contribuiu para a mulher de hoje. Filha de professores e escritores, os livros sempre fizeram parte de sua infância. Desde cedo, criou o gosto pela leitura e escrita. Aos onze anos, seu pai manda publicar suas primeiras histórias. É possível imaginar quantas manhãs, típicas de verão, trouxe-lhe inspirações para sair, por aí... Sem pauta nas mãos, a busca de novas histórias.